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"Do Mato Festival" seleciona 10 bandas regionais para tocar ao lado das lendárias Ratos de Porão e Extremunção

  • Redação
  • 19 de fev. de 2024
  • 4 min de leitura

A festividade ocorre nos dias 09 e 10 de março, na Orla do Porto, em Cuiabá

A lendária banda Ratos do Porão - Foto por: Divulgação

"Do Mato Festival" é um evento que celebra a cultura e a diversidade do estado de Mato Grosso. A festividade ocorre nos dias 09 e 10 de março, na Orla do Porto, em Cuiabá. O festival selecionará 10 bandas ou artistas regionais para se apresentar ao lado das lendárias Ratos de Porão e Extremunção.


Os selecionados poderão gravar uma música por artista ou banda, totalizando 10 músicas que formarão a gravação de uma coletânea digital. Essa coletânea será apresentada no evento. Os interessados podem se inscrever gratuitamente até 29 de fevereiro pelo site oficial do festival.


De acordo com o idealizador do festival, Lucas Guimarães, o objetivo é integrar os talentos mato-grossenses ao circuito nacional de festivais.


“Queremos mapear o cenário atual da música independente de Mato Grosso e construir uma vitrine com os trabalhos mais preparados. Esperamos que esse evento traga o cenário renovado, valorizando os grandes nomes já reconhecidos pelo público, mas também revelando as novas caras da nossa música”, comenta Lucas.


O evento é realizado pela AMC (Associação Mato-grossense de Cultura) e conta com o patrocínio da Assembleia Legislativa de Mato grosso através da Secretaria de Estado de Cultura Esporte e Lazer (SECEL). A Supernova Cultural é a apoiadora organizacional e a Vendetta Produções cuida da turnê da banda Ratos de Porão, na capital.


“A participação das bandas e artistas de Mato Grosso no festival garante a democratização da cultura e aumenta a diversidade de gêneros e estilos que compõem a cena musical do estado”, pontua o representante da AMC, Vicente de Albuquerque Maranhão.


Ratos de Porão


A banda brasileira de punk crossover foi criada em novembro de 1981, em São Paulo, por Jão (João Carlos Molina Esteves), Betinho (Roberto Massetti) e Jabá (Jarbas Alves). Em 1983, já com Mingau (Rinaldo Oliveira Amaral) na guitarra, fizeram o primeiro registro musical, o LP "Sub". Após o lançamento do álbum, Betinho decide sair, o que fez Jão passar a ser baterista.


João Gordo( João Francisco Benedan), que conheceu a banda durante as gravações da compilação, assume o microfone. O primeiro álbum saiu em 1984, intitulada de "Crucificados pelo Sistema", e tinha músicas que se tornaram hits instantâneos como "Crucificados", "Agressão Repressão" e "Morrer".


A banda é conhecida internacionalmente, tendo feito turnês pela América Latina, Europa e América do Norte. A formação atual é composta por João Gordo, Jão, Boka (Maurício Alves Fernandez) e Juninho.


Extremunção


Formada em Cuiabá, Mato Grosso, no ano de 1993, pelos amigos André, Fabrício e Senzo, a Extremunção nasceu em meio a uma adversidade da cena, uma carência de um certo gênero do metal, o Death Metal – o “primo feio” do rock.


Na época, foi a primeira banda do Estado a representar esse estilo. Em meio a bandas de punk rock e hardcore, a banda iniciou as atividades preenchendo essa lacuna do metal nos palcos da capital, chamando a atenção rapidamente dos headbangers locais.


“Audaciosa”, “afrontosa”, para fazer justiça, essa deveria ser a descrição mais legítima da história da banda e das características em seu som. Desde a fundação, a banda transitou na cena de metal underground sem se prender a rótulos e a padrões. Iniciou no Death Metal, sua raíz, mas mesmo a época já trazia pitadas de doom metal, de thrash metal e hardcore ao seu som. Suas letras também não se prendiam a fórmulas, tratavam dos mais variados temas, de sexo, política até à anti-religião.


No ano de 1995, a banda viajou a Brasília para gravar o primeiro material de estúdio, contendo 03 músicas. Com qualidade de gravação aceitável para os padrões da época, a banda logo se destacou na cena. Um ano deppis, em 1996, banda retornou ao estúdio para os próximos trabalhos, o EP “in fight” e o CD “Human Scrap” – esse último lançado no ano de 2000, pela Future Zoo Records, contendo oito músicas e já com um som beirando o thrash-death metal com influências de hardcore. Houve ainda, posteroirmente, a participação em coletâneas nacionais, a exemplo da “Unidos pela causa underground”, com a música “The Way”.


Em sua trajetória a banda sofreu alterações em sua formação, poucas, sem contudo afetar a continuidade e seriedade de seus trabalhos, e a sua devoção pela música extrema. Fez shows ao lado de grandes bandas, nacionais e internacionais. Shows dentro e fora do Estado. Gravou vídeo clipe da música Primitive end. Entretanto, após o ano 2000 a banda começou a sentir o desgaste do tempo. A rotina de trabalho dentro e fora da banda tornou inviável a continuidade da Extremunção. Assim, no anos de 2003 a banda encerrou suas atividades em um show memorável com a casa lotada.


Atualmente a banda se organiza para comemorar seus 30 anos de existência. Além da produção de um documentário, é preparado um show para a celebração deste marco. A velha guarda do metal mato-grossense já se concentra nos ensaios visando um retorno em grande estilo. Para isso, Fabrício e André, integrantes originais, recrutaram os amigos Ankh (guitarras) e Aldivan Jacaré (Baixo) para auxílio. Os ex-integrantes Senzo e L.Killer, além do amigo Jomar Brittes (Sr. Infame), também participarão.



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