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Redação

Com adaptações, Theatro Fúria retoma peça premiada no Teatro da UFMT

Aclamada pela crítica e plateias de todo o Brasil, “Nepal” discute o quanto vale o poder quando se está à beira da extinção

Ensaio de "Nepal" / Foto: Fred Gustavos

Com adaptações, Theatro Fúria retoma a peça premiada nos dias 20 e 21 de julho, às 20h, no Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso. Aclamada pela crítica e plateias de todo o Brasil, “Nepal” discute o quanto vale o poder quando se está à beira da extinção.


Assinado e dirigido pelo dramaturgo Péricles Anarckos, o espetáculo ficou em cartaz entre os anos de 2000 e 2010. Segundo o diretor, não há alteração no texto, mas realçou o novo “instrumento” que materializa os conflitos entre os protagonistas, Traço e Bathanagar.


“Em 2020, quando começamos a pensar Nepal, fizemos algumas experimentações com latas de atum e verificamos que seriam elementos válidos para investir na sonoplastia da peça. Foi assim que nasceu a máquina, que faz alusão ao materialismo”, explicou Péricles.



A arquiteta Carolina Argenta deu um toque especial à engenhoca. “Para materializar também as questões que permeiam a física. A cenografia nasceu e, então, foi o impulso para a retomada de Nepal. Ela foi o ponto de partida para a encenação”.  


Somam ao Fúria nesta empreitada, Caio Ribeiro, que compartilha a produção com Carolina Argenta; Natália Valentini (assistência de produção), Douglas Peron, que assina a cenografia junto ao Theatro Fúria; Ricardo Porto, na sonoplastia com o Theatro Fúria, Everton Britto (iluminação) e Renato Medeiros, autor do projeto gráfico.


Ingressos estão disponíveis no site do Theatro Furia. A entrada é gratuita, mas o público tem a opção de contribuir voluntariamente, com qualquer valor, via Pix. No endereço oficial há mais informações sobre a campanha intitulada “Eu valorizo a arte”. Fazendo a contribuição, é possível concorrer a brindes e vantagens especiais para os próximos eventos do Theatro Fúria.


O espetáculo é viabilizado com o incentivo do Governo de Mato Grosso, via edital Viver Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e apoio da Pró Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) e do Teatro da UFMT.


Sinopse


Em Nepal, o mundo acabou. Ou quase. Restam apenas duas pessoas que se encontram numa terra distante, em algum ponto do país homônimo. E é assim que Traço e Bathanagar se veem forçados a redefinir os valores que antes determinavam suas vidas.


Pautada pelo existencialismo, a peça desperta emoções e reflexões diversas no público ao discutir ambições e pequenos poderes no limite da existência. É que no limiar apocalíptico, os personagens se veem obrigados a criar uma nova convenção social, especialmente porque o acesso à água impulsiona o conflito entre eles.


O Fúria


As produções do Theatro Fúria têm dramaturgia própria e são pautadas por muita pesquisa e liberdade criativa. A trajetória do Fúria tem início em 1998 e, desde então, são mais de 20 espetáculos montados. Destes, 13 circularam por festivais em todo o país, recebendo reconhecimento da crítica e públicos diversos, seja nos teatros ou nas ruas. Algumas dessas montagens, como o caso de Nepal, receberam prêmios de dramaturgia, encenação, atuação, figurino, sonoplastia e iluminação.


Os espetáculos têm como característica marcante, questões existencialistas. “Não necessariamente humanistas”, descrevem. É um grupo que, no que tange à ideologia, está em constante indagação e crê que uma boa dúvida é teatralmente mais estimulante do que verdades cristalizadas.


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