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Redação

Com o objetivo de promover a cultura negra e afro indígena, Festival de Cenas Negras Rainha Terê ocorre em Rondonópolis

Evento surgiu do desejo de fomentar experiências e artistas do munícipio, além de estimular a cena teatral do munícipio

Foto: Assessoria

Com o objetivo de promover apresentações teatrais voltadas à cultura negra e afro indígena, o Festival de Cenas Negras Rainha Terê ocorre nos dias 19 a 21 de abril, em Rondonópolis. O evento conta com a parceria da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).


“Tem também por objetivo mobilizar a classe artística, grupos, companhias, coletivos, instituições culturais, escolas, associações, críticos, pesquisadores das artes da cena, contribuindo para a ampliação de um mecanismo de sustentação do fazer teatral e suas possibilidades através das apresentações, encontros, mesas de debates, lançamento de livros, troca afetiva e cultural entre os participantes e a comunidade impactada”, destacou a atriz e organizadora do festival, Camila Pinho.


De acordo com Camila, o evento surgiu do desejo de fomentar experiências e artistas do munícipio, além do sonho de criar um festival teatral. Ainda segundo ela, a festividade busca atender a demanda de grupos e coletivos da cultura negra e afro.

 

Sobre a escolha da cidade, a atriz conta que sempre foi um sonho organizar um evento desse porte em Rondonópolis, além de enfatizar os benefícios da realização de um festival, como: bem-estar, socialização, lazer, movimentação da economia e o turismo.

 

“Acredito que um festival de cenas negras no interior do Mato Grosso seja um ato de cuidado e aquilombamento, que reúne referências e pesquisas diversas sobre a ancestralidade, principalmente para que pessoas negras se vejam representadas.”


Além disso, o nome do evento é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como Rainha Terê. Tereza é considerada um símbolo de resistência em Mato Grosso, após liderar o Quilombo Piolho por cerca de 20 anos, no século XVIII, durante o período de escravização do país.


"Precisamos das nossas referências para nos entender enquanto construtoras e construtores de futuros pautados nos nossos saberes ancestrais", ressaltou Camila.

 

Para ela, o apoio da Secel é imprescindível, uma vez que o Estado viabilizou editais para novos festivas, o que permitiu a viabilização do projeto. “A Secel tem sido fundamental com as políticas culturais e todo trabalho formativo que organizaram.”

 

O evento conta com inscrições para os artistas que desejam se apresentar no festival. Realizada de forma online, a vaga é preenchida por meio de um formulário. O edital também foi disponibilizado pela produção.


As inscrições podem ser feitas até o domingo (21).

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