Festival Vambora fará megaoperação para conquistar o selo Lixo Zero
- Redação
- 9 de set. de 2023
- 2 min de leitura
O evento precisa desviar do aterro sanitário cerca de 90% ou mais de todos os resíduos gerados para o êxito da mobilização

A organização do Festival Vambora e a empresa de impacto socioambiental Teoria Verde se uniram para uma megaoperação para conquistar a certificação Lixo Zero. O evento precisa desviar do aterro sanitário cerca de 90% ou mais de todos os resíduos gerados para o êxito da mobilização.
O festival acontece entre os dias 28 e 30 de setembro, na Arena Pantanal, em Cuiabá, com shows de MV Bill, Rashid e Criolo e mais de 60 artistas do estado. Todo o lixo será pesado e contabilizado e o selo será entregue apenas no último dia.
O diretor da Teoria Verde, Jean Peliciari, conta que é esta é a primeira empreitada no segmento de produções artísticas do estado. “Atendemos empresas, indústrias e prefeituras, mas esse é o primeiro evento Lixo Zero”.
A empresa Teoria Verde é membro da organização nacional Instituto Lixo Zero, que emite o selo. Além de Peliciari, compõem o grupo de Consultores Lixo Zero, Luciene Taques, Thiago Itacaramby e Ayda Abraão.
“A iniciativa do festival é pioneira. O Vambora assume um papel importante frente às emergências da atualidade, entre as quais estão a preservação ambiental e a sustentabilidade. Estamos arquitetando uma estrutura de coleta para cada tipo de resíduo, além de firmar parcerias com as empresas da região, que vão realizar a reciclagem. No saldo final, temos que ter menos de 10% de rejeito”, explica Jean.
A operação desenvolvida para garantir o atestado de que o festival é Lixo Zero, inclui treinamento de expositores da praça de alimentação e de equipe que vai atuar na separação e destinação dos resíduos. O que é orgânico, o que é reciclável e o rejeito.
Além disso, Peliciari reforça que essa também é uma estratégia ambiental sobre a importância da destinação correta do lixo. Ele também apontou que Mato Grosso é um estado onde pouco se recicla e a iniciativa dos ecopontos no evento colabora com uma revolução necessária.
Ele conta que apenas as bitucas de cigarro não são recicladas em Mato Grosso. A única empresa que realiza esse tipo de reaproveitamento, é a Votorantim, e a unidade fica em São Paulo. “Então, se a gente conseguir coletá-las e enviá-las em invólucro lacrado, isso também vai contar ponto a nosso favor. Também vamos orientar os expositores da Praça de Alimentação a não utilizar embalagens plásticas de uso único e isopores. O ideal é que usem apenas materiais que possam ser ou reciclados ou compostados”, explica.
A empresa Canaã, situada em Cuiabá, receberá os recicláveis e disponibilizará três tipos de caçamba para cada resíduo gerado. E a Agricultura Bioativa vai utilizar os resíduos orgânicos na compostagem e produção de adubo. Dessa forma, gera subprodutos e pode ainda trazer retorno financeiro.
Além de apostar na experiência cultural como ferramenta de educação ambiental, a idealizadora do Festival Vambora, Silvana Córdova engaja no grande projeto, pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Nossa equipe diretamente envolvida nesse processo será composta por reeducandos, pessoas que passam por reinserção social e que precisam de ocupar postos no mercado de trabalho. Eles receberão treinamento especial, então, com essa formação, abre-se uma nova perspectiva”.
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