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Redação

MinC realiza Conferência Temática da Cultura Digital entre 24 e 26 de janeiro

O evento ocorre em formato online, pela TV Tainã, a partir das 16h30, desta quarta-feira (24)

Foto: Assessoria

O Ministério da Cultura (MinC) realiza entre os dias 24 e 26 de janeiro a 1ª Conferência Temática da Cultura Digital, buscando retomar e aprofundar os debates sobre os impactos das transformações tecnológicas sobre a vida humana e enquanto expressões culturais e políticas da sociedade. Com o tema PermaCultura Digital: Começo, meio e começo a Conferência acontece em formato online, pela TV Tainã, a partir das 16h30, desta quarta-feira (24). As inscrições para participar do evento são feitas por meio deste link: https://plantaformas.org/conferences/culturadigital.


Desde dezembro de 2023, mais de vinte coletivos, organizações e movimentos da Cultura Digital, coordenados pelo MinC e Laboratório de Cultura Digital da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão mobilizados para a realização do encontro e (re)articulados na Rede da Cultura Digital Brasileira. Desse processo, serão colhidas três propostas estruturantes da rede de coletivos e iniciativas de Cultura Digital Brasileira para a 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ªCNC). 


“O importante a destacar da conferência temática é a retomada dessa rede de agentes, coletivos, grupos e movimentos. O MinC sempre teve um protagonismo junto a essa rede que constrói esse campo da cultura digital pelo Brasil afora. O importante é reunir toda essa turma, reunir também uma turma nova de novos atores, novos agentes a fim de compor para a Conferência Nacional diversos temas da cultura brasileira”, avalia o coordenador-geral dos Comitês de Cultura, Xauí Peixoto. 


Ele destaca também a relação dessa rede por meio do Laboratório de Cultura Digital, recém criado pelo MinC em parceria com a Universidade Federal do Paraná. “O laboratório visa trabalhar uma série de ações que compõem o tema da cultura digital: letramento digital, design de políticas, comunicação digital, mapeamento, rede, soluções tecnológicas, fortalecimento do sistema nacional de cultura. A partir da Conferência, inaugura também uma retomada de ações com a participação dessa rede que deem conta de uma demanda interna do MinC e de uma demanda externa de políticas culturais do Ministério abrangendo direito às artes, patrimônio, participação social, diversidade, economia criativa e renda, entre outros”, conclui. 


Para a definição do tema e das mesas temáticas, foi realizado um processo participativo, por meio da Plataformas (plataformas.org), que resultou na colheita de 51 propostas. Destas, foram selecionadas - pelo Comitê de Governança Colaborativa e Conselho Ancestral da Rede da Cultura Digital - uma para o tema central e 24 para compor as sete mesas temáticas que acontecerão ao longo dos três dias de evento.


"O número de contribuições recebidas ao longo de apenas cinco dias de processo participativo evidencia a capacidade mobilizadora, articuladora e realizadora que a Cultura Digital agrega. Essa primeira Conferência Temática da Cultura Digital é um marco, pois ainda que o movimento tenha sido expressivo e intenso durante o processo de democratização do acesso às novas tecnologias de comunicação no Brasil, a Cultura Digital nestas décadas de atuação ainda busca um reconhecimento institucional no MinC, como a instituição de colegiado e setorial, com consequente eleição de pessoas delegadas próprias para uma incidência mais assertiva nas políticas culturais para a categoria", explica Lívia Ascava, da LabHacker, organização parceria do Laboratório de Cultura Digital da UFPR. 


Também será debatida a estratégia do Estado Permanente de Conferência com a criação de um espaço de mobilização e participação social da Cultura Digital Brasileira através da Plantaformas - espaço de participação, gerido pela Casa Preta Amazônia, para a participação, documentação, transparência do processo e divulgação da Conferência. 


Segundo João Paulo Mehl, coordenador-Executivo do Laboratório de Cultura Digital e do Comitê de Cultura do Paraná, o estado permanente de conferência é a grande inovação que o movimento da cultura digital brasileira traz para o processo da 4ª CNC. “O propósito é de arriscar um modelo de participação social radicalizado a serviço da inteligência coletiva do povo brasileiro.” 


Programação


Dia 24/01 (quarta)


16h30 às 18h - Bença da mata - PermaCultura Digital: Começo, meio e começo


Gira de saberes entre mestres e mestras do Conselho Ancestral e representantesdo Comitẽ de Governança Colaborativa da Rede da Cultura Digital com integrantesda Rede de Produtoras Colaborativas, coletivo que apresentou a propostaselecionada para o tema da I Conferência Temática da Cultura Digital -PermaCultura Digital: Começo, meio e começo.


18h00 às 19h20 - Seiva - Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura


No Capitalismo de dados, a infraestrutura e logística de transporte do bem mais valioso neste sistema está nas mãos das Big Techs. Como marcos legais desenhados dentro do princípio ético-político da Soberania Digital podem ser seiva, distribuindo caminhos que garantam direitos digitais?


19h30 às 21h - Oxigenação - Democratização do acesso à cultura e Participação Social


Como a Cultura Digital pode apoiar no desenho de processos participativos que fortaleçam a democracia social, incentivando e apoiando a organização da sociedade civil e os dispositivos de participação social? Oxigenada pelos valores de colaboração, descentralização, transparência e autonomia do movimento, a I Conferência Temática da Cultura Digital é movimentada por uma rede que, (re)articulada, inaugura um “Estado Permanente de Conferência” para responder essa pergunta com base em acúmulos, experimentações e sistematizações.


Dia 25/01 (quinta)


18h às 19h20 -Terra preta - Identidade, patrimônio e memória


A Cultura Digital, como linguagem que expressa e imprime um modo de viver em rede e em comunidade - dos territórios para a internet e da internet para os territórios - acumula uma vasta produção de imagens, vídeos, textos, códigos, conversas e metodologias. São vinte anos de patrimônio a ser preservado, conservado e nutriente para novos plantios. Quais são os desafios políticos para a construção dessa memória digitalmente? Pensando em uma retomada e atualização da Cultura Digital, é momento de pensarmos e repensarmos também as matrizes ancestrais dessa expressão cultural, a terra preta que acumula registros do passado e é chão do nosso presente.


19h30 às 21h - Policultura - Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural


A massiva presença de homens cis, brancos e heterosexuais na produção, debates políticos e pesquisas-ação de tecnologias é uma realidade. Qual o impacto da ausência de territórios e corpos diversos na conceituação, desenvolvimento e governança de artefatos tecnológicos? Ao mobilizar um deslocamento da tecnologia para o campo cultural, a Cultura Digital é um caminho para a diversidade e uma consequente desalienação tecnológica desde a infância?


Dia 26/01 (sexta)


18h às 19h20 - Cultivo - Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade


O investimento do Governo Federal na Cultura Digital, especialmente em softwares livres, é desproporcional ao papel que a tecnologia ocupa no setor cultural. Esse ínfimo investimento - tanto em recursos orçamentários como em políticas e programas que contemplem a categoria - tem consequências na manutenção das desigualdades sociais. Como o Ministério da Cultura, por meio de políticas e fomentos para a Cultura Digital, pode protagonizar esse debate?


19h30 às 21h - Colheita - Direito às Artes e Linguagens Digitais


A Cultura Digital é central no debate do direito às artes, tanto pela perspectiva da produção como do acesso à cultura. Após a pandemia do Covid-19, praticamente todas as linguagens artísticas e expressões culturais experimentaram caminhos de tornar-se também linguagens digitais. Nesse sentido, a formação de pessoas trabalhadoras e fazedoras de cultura e de seus públicos passa por uma formação para o digital. Como esse potencial democrático e de garantia de direitos pode ser concretizado no atual cenário? O que já foi feito e quais são os novos desafios postos?


(texto da assessoria)

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