Ministério da Cultura e UFMT lançam projeto de educação e cultura
O evento será realizado na quarta-feira (27), às 08h30, no Teatro Universitário, com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes
Em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), por meio do Programa Olho d´Água, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) recebe o lançamento do projeto "Caminhos das Águas - Fortalecendo Fazeres e Saberes Artísticos e Culturais". O evento, que ocorre na quarta-feira (27), às 08h30, no Teatro Universitário, conta com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, no seminário da atividade.
O seminário será aberto a toda comunidade interessada, em especial, agentes e mobilizadores comunitários, artistas, arte/educadores, educadores, educomunicadores, sem necessidade de inscrição prévia.
"No ano de retomada do MinC, realizamos ações em todo o país, fortalecendo a escuta ativa e a estruturação de ferramentas que nacionalizassem o fomento e o acesso. O passo seguinte é trabalhar a formação de agentes em todos os territórios para assegurar o melhor uso dessas ferramentas", explica a chefe da Cultura.
Além da UFMT, o projeto conta com a parceria de outras universidades brasileiras, o que amplia a ideia de formação de redes e estreita a relação entre cultura e educação, promovendo a democratização do acesso aos processos de produção e difusão de conhecimento em cultura e arte.
Para o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli), o projeto Caminhos das Águas compõe a política de formação artística e cultural do MinC, no âmbito do programa Olhos d’Água. A parceria com a UFMT consiste na percepção de que percursos e trilhas formativas podem fortalecer saberes e fazeres não apenas com a realização de cursos, mas também com ofertas de bolsas para desenvolvimentos de projetos territoriais, além de ocupação artístico-cultural no ambiente de formação.
A diretora de Educação e Formação Artística do Ministério da Cultura, Naine Terena, explica que a iniciativa é resultado de uma ação anterior, realizada de maneira online, mas, que em 2024, deve avançar para novos territórios.
“Entendemos a importância das potencialidades locais e as vemos como ferramentas importantes para as suas comunidades, sendo as trilhas formativas uma maneira de apoiar artistas-educadores, mestres de cultura e demais fazedores de arte-cultura-educação a organizarem sua atuação. Pensando nisso, teremos dentro desse escopo, uma etapa voltada para a elaboração de projetos”, explica.
Para o reitor da UFMT, professor Evandro Soares da Silva, “Caminhos das Águas" vem ao encontro da missão da Universidade, pois tem como perspectiva fundamental chegar em lugares mais distantes dos grandes centros e capitais, democratizando o acesso à formação de qualidade e ampliando o diálogo do MinC e das instituições de ensino superior parceiras junto à sociedade civil e com os agentes e fazedores de educação e cultura nas bases.
“Para a universidade é uma honra muito grande estar ao lado do governo brasileiro na descentralização das informações. O projeto se mostra importante para que cada vez mais a democracia da política de editais chegue àqueles que mais precisam e a UFMT está pronta não só para o Ministério da Cultura, mas para todos os ministérios para que possamos alcançar o Brasil que às vezes não tem oportunidade”, destacou.
Cultura e Educação: uma trança indissociável
Para o pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), maestro Fabrício Carvalho, a cooperação em prol da educação e cultura UFMT/ MinC, já se mostra como uma estratégia desde 2023.
“A primeira ação foi a Educação dos Sentidos para Fazer Sentido, formação de professores para o combate à violência dentro de sala de aula. O MinC apostou na UFMT nesse processo e nós fizemos um trabalho muito importante de capacitação”, disse.
Ele completou afirmando que, desta vez, a ação objetiva alcançar grupos e territórios que estão à margem dos grandes centros urbanos, o interior do Brasil, as populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
Ainda para o pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência, o seminário da próxima semana marca o início dessa proposta aberta à difusão e integração dessas comunidades às ações do MinC. “Muitas vezes a comunidade ribeirinha não tem esse conhecimento técnico sobre os processos culturais, e muitos casos por falta de oportunidade, por falta do próprio sistema institucional não chegar a essa comunidade”, ressaltou.
Sobre o projeto, Fabrício Carvalho complementou que haverá mais iniciativas nos moldes da "Ação de número de 2", que propõe Bolsa para Fortalecimento de Olhinhos d’Água, com foco na execução e intervenções artísticas-culturais elaboradas durante o Laboratório de Elaboração de Projetos. A atividade compõe o calendário presencial da Trilha Formativa Educação dos Sentidos para fazer sentido: Arte nas escolas como Estratégia de Comunicação.
“Já a Ação de número 3 visa a Ocupação artístico-cultural Olhos d’Água, que inclui como exemplo apresentações da orquestra sinfônica e Coral da UFMT em escolas e em espaços abertos, democratizando o acesso à cultura para crianças, jovens e adultos, e possibilitando o acesso a uma educação integral e inclusiva de forma totalmente gratuita”, detalhou Fabrício ao abordar os três eixos que compõem a iniciativa.
(da assessoria)
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