Representantes culturais de Mato Grosso participam da 4ª Conferência Nacional da Cultura (CNC)
"Conseguimos trazer uma grande diversidade de participantes de todo o Estado", destaca o secretário adjunto de Cultura da Secel-MT, Jan Moura
Representantes culturais de Mato Grosso participam da 4ª Conferência Nacional da Cultura (CNC). O evento conta com 56 delegados mato-grossenses eleitos na Conferência Estadual de Cultura, realizada pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
Com o tema “Democracia e Direito à Cultura", a 4ª CNC começou na noite desta segunda-feira (04) e continua até a sexta-feira (08), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, também estão presentes na reunião.
"É um ambiente especial de debate e de construção de políticas públicas. Conseguimos trazer uma grande diversidade de participantes de todo o Estado", destaca o secretário adjunto de Cultura da Secel, Jan Moura.
De acordo com o secretário adjunto, há um apontamento pela nacionalização da cultura, em que todos os Estados podem não apenas acessar recursos financeiros de fomento como também ter voz e vez na construção das políticas públicas culturais do Brasil.
"Mato Grosso está deixando de ser coadjuvante na construção de políticas públicas para a cultura de todo o país. O Estado tem um potencial gigantesco na área cultural, por sua diversidade, extensão territorial e por sua capacidade de produção. Por isso é tão importante estar aqui presente e construindo junto", explica Jan Moura.
Reunindo cerca de 3 mil pessoas, a Conferência é considerada a instância máxima de participação social no âmbito cultural do país. Dentre os participantes, que incluem convidados e observadores, cerca de 1.500 são delegados eleitos nas conferências regionais e estaduais para indicarem as diretrizes e prioridades na elaboração do Plano Nacional de Cultura.
Para Rosa Dilma da Silva, que é de Porto Alegre do Norte e representa o território do Araguaia, participar da Conferência é uma oportunidade de aprendizado que traz expectativas para o desenvolvimento cultural da região.
"Quero levar muito aprendizado e aproveitar cada debate para ajudar na implementação de políticas culturais para nossa região e Estado", afirma.
Representando as comunidades ciganas mato-grossenses, o cigano calon Marcos Gattas tem como expectativa o reconhecimento e a visibilidade do segmento. "Esperamos que a partir daqui tenhamos respostas e diretrizes que reconheçam nossa existência, porque nós, ciganos, existimos, e fazemos parte da construção da cultura de Mato Grosso e do Brasil".
Reconhecimento como fazedores de cultura é também a expectativa da representante mato-grossense dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana, a Iyá Rosana de Omolu.
"É de extrema importância nossa presença no evento, para que nossas pautas sejam reconhecidas e instituídas como políticas de Estado e não só de Governos. Precisamos desse reconhecimento, pois, afinal, até pode existir uma história do povo de matriz africana sem o Brasil, mas não existe uma história do Brasil sem o povo preto", enfatizou Rosana.
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